Quem Sou

Filho de Hamilton Taylor Guerra Peixe e Laura de Andrade nasci em Petrópolis/RJ em 1956, sendo o terceiro filho de um casal prestes a se separar. Estudei em Escola Municipal de Nogueira, Estadual - Pedro II, Liceu de Itaipava, Estadual - Cardoso Fontes, até chegar em 1968 ao internato do Instituto Carlos Alberto Werneck, onde meu pai era funcionário.

Em 1972 conheci a cidade de Paraíba do Sul, levado por um amigo de internato - Cesar Galvão. Essa cidade passou a ser minha segunda morada. Lá conheci meu amigo/irmão, Alfredo da Costa Mattos e a primeira namorada que levei a sério. Saí do Werneck em 74 para estudar no Liceu Municipal Cordolino Ambrósio. Em 1975 ingressei no serviço militar para cursar o NPOR de Petrópolis. Entre 76 e 77 experimentei o trabalho na Educação Física, sem ser formado. Trabalhei em escolas e treinei muitas equipes. Em 78 estudei no Colégio Opção para tentar uma universidade pública. Passei para Educação Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante o período universitário trabalhava em Petrópolis, estudava no fundão, jogava no Flamengo (sempre handebol), treinava equipes de base no Rio de Janeiro e morava na casa de minha namorada na Barra.

Formado em 83, no mesmo ano casei com Maria de Lourdes Massari e abandonei a vida de jogador, por total impossibilidade de assumir tantas funções. Sempre trabalhando em escolas e instituições de Petrópolis, em 1985 nasceu minha única filha, Camila Massari Guerra Peixe. Nesse mesmo ano ingresso no serviço público estadual. Em 1987 passo no concurso municipal de Petrópolis.

Em 1991, como diretor técnico da Federação do Rio de Janeiro de Handebol - FHERJ conheci o pai do atleta Tito, que jogava com o professor Ronaldo Café em Petrópolis. Esse senhor foi importantíssimo na minha vida, pois mostrou que era possível investir, sonhar, "mexer" com atletas e levá-los por caminhos impossíveis de se imaginar. O objetivo dele era montar uma seleção que disputasse competição de jovens na Itália. Primeiro, dentro da idéia de que tudo era possível, fui aos Jogos Pan-americanos de Cuba (1991). Depois montamos o grupo e trabalhamos muito. Em 1992, trouxemos ao Rio de Janeiro a equipe Olímpica do Brasil Masculina. Tudo certo. O combinado foi cumprido. A TV Globo transmitiu o jogo direto para o Globo Esporte, programa de sábado a tarde. Sucesso total? Nada... Aquele pai já tinha falado: assim que tivermos sucesso aparecerão os invejosos... Mas bola para frente. Quem acreditou no projeto viajou. Fizemos uma viagem fantástica e inacreditável. O avião foi LAP (Linhas Aéreas Paraguaias). A viagem durou uma eternidade. O avião pequeno e com pouca autonomia. Mas hoje posso falar com convicção: nunca mais viajei com o sentimento daquela viagem. Não sei dizer ao certo o motivo. Talvez por ser fruto de um esforço sobre humano. Rifas, pedágios, camisas, pins e adesivos.  Os pais que podiam pagaram. Vi pela primeira vez algo que não sabia: os meninos que os pais podiam pagar eram os mais engajados, que trabalhavam mais. Vai entender! Professores: Eu, Brasil (Niterói) e Marcio (Nilópolis). Atletas: Bernardo, Bruno, Alemão, Tonico, Evandro, Roberto, Teco, Taroba, Rodrigo, Tito, Beto, Luiz e Baideck (falta um?). Espanha, França, Itália, Alemanha, Holanda, Barcelona Olímpica e Espanha de volta... Melhor resultado do Brasil em Teramo - ITA. Equipe brilhante. Unida e com garra sem igual. Passei a acreditar em algo que utilizo até hoje: Trabalho/União/Alegria/Disciplina/Força Mental.

Em 1993, trabalhando no Colégio São José de Petrópolis, desenvolvi outro projeto similar. Competição em Córdoba na Argentina. Rapaziada que estava descobrindo o handebol. Mas não faltavam motivação e grana. Resultado: Eu e mais um funcionário do colégio em Córdoba com um bando de "Loucos Maravilhosos". Alguns meninos bem problemáticos, mas que não deram grandes problemas, pelo contrário, me fizeram entender o universo dos jovens, que naquele momento estava mudando numa velocidade absurda. Pelo que sei, hoje são profissionais na cidade e, certamente, têm passagens fantásticas para contar.

Em 1994 ingressei no serviço público federal através do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Pedi exoneração do Estado e Município de Petrópolis. Também comecei a trabalhar na Universidade Estácio de Sá, levado pelo amigo Alberto Caldas - Strick. Com o CMRJ, começo a desenvolver um trabalho paralelo aos clubes, agora voltado também para as competições escolares do Rio de Janeiro. Vencemos inúmeras vezes. O Handebol se consolida no CMRJ.

Em 1995 chega ao Brasil uma nova modalidade do Handebol, agora na areia. Nós, que jogávamos o handebol na areia (7 x 7), vimos que aquilo poderia ser algo interessante. Eu e muitos amigos começamos a participar de competições estaduais e nacionais. Em 96 fomos campeões brasileiros pelo Rio de Janeiro.  Em 98 ficamos em 3º. Nessa mesma competição fui convidado para dirigir a equipe brasileira que disputaria o 1º Pan Americano da modalidade. Topei, trabalhamos e vencemos...

Em 1996 fui a Olimpíada de Atlanta. Mágica pura! Entrei nos USA por Miami. Fui para casa de meu saudoso irmão Beto. Ele me recebeu e fomos para o Orange Ball assistir Brasil x Japão no futebol. Tudo lindo e organizado. Festa para brasileiros. Brasil com um timaço. Perdemos... Lembro de ter ido jantar e depois ter passado numa boate cheia de brasileiros que esperavam uma grande festa. No outro dia encontrei Alberto Caldas e Amaury Marcelo e fomos para Atlanta. Daí para frente foi tudo maravilhoso. Jogos de handebol. Assisti a um jogo de basquete, outro de vôlei...

Ainda em 1998 termino o Mestrado em Educação. Esse é um trabalho árduo que deve ser encarado por pessoas com tempo para estudar e se dedicar. Nunca mais tive sono organizado na vida.

Em 1999 disputamos o segundo Pan- Americano de Beach Handball, também no Rio de Janeiro. Brasil Bi-campeão. No mesmo ano fui convidado por Carlinhos para treinar a equipe de Handebol Feminino do Mauá, xodó de uma cidade e de um clube. Topei a parada. Após algumas dificuldades iniciais, fomos campeões da Liga Nacional, título perseguido por todos no clube. Fiquei mais um ano e fomos vice de uma Liga complicadíssima, pois sofremos muito com as interferências da Seleção Olímpica, que contava com inúmeras atletas do Mauá. Ao final da competição saí do clube. Guardo as melhores lembranças de todos e todas.

Em 2000, mas outro sonho realizado. Olimpíadas de Sidney. Fui com Carlinhos do Mauá. No hotel ficamos com Edgard Hubner. Foi divertido e recebemos de Manoel Luiz, presidente de CBHb, inúmeros ingressos para assistir jogos na tribuna de honra. Assistimos também ao encerramento e choramos copiosamente. Ainda em 2000, participei do primeiro europeu de Beach Handball. Eu e Willian fomos e ajudamos na implantação da modalidade.

Em 2001, ainda na Estácio assumi a coordenação de Educação Física do Campus Bangu e continuava ministrando aulas. Também nesse ano representamos a América nos Worlds Games do Japão. Fomos 3º no masculino e feminino.

Em 2002, eu, Willian e Stanley estivemos no 2º Europeu de Beach Handball na Espanha. Comecei a acreditar que a modalidade emplacaria. Muitos recursos envolvidos e um pessoal competente pensando o jogo. Em 2004, como classificatório para o I Mundial de Beach Handball, disputamos no Uruguai a terceira competição Pan-Americana. Vencemos novamente e também no feminino. Fomos ao Egito com pouco treinamento. Já tinha sinalizado no sentido de que precisávamos melhorar a estrutura. Não deu outra: feminino 5º e masculino último. Fazíamos a coisa certa, mas a bola não entrava. Ao final da competição encontrei minha esposa no Cairo e conhecemos o Egito e suas maravilhas. Indescritível! Para encerrar, mais uma semana em Paris para suprir a Lua de Mel em Friburgo, num hotel chinfrim em 1983.

Em 2005, foi ano de mais um World Games, agora na Alemanha. Fiquei com a péssima impressão de ter sido prejudicado pela arbitragem num jogo com a dona da casa. A equipe era boa. Com um nível de treinamento razoável. Mas para vencer em campeonatos que envolvem poderosos do Handebol, precisamos estar bem acima dos demais. O feminino, que estava sobrando na competição, venceu e se tornou a primeira equipe da CBHb a ter um título com reconhecimento mundial. O título foi bem badalado e penso que ajudou a trazer para o Brasil o II Mundial da modalidade em 2006. Esse já era um sonho dos membros da IHF.

Em 2006, antes do Mundial do Brasil, eu e Claudia Monteiro, treinadora do feminino, fomos assistir o 4º Europeu de Beach Handball. Foi uma ótima experiência. Ali eu percebi o que estava errado e onde precisávamos melhorar. Para o mundial no Brasil, fizemos uma preparação longa e adequada. Tive tempo de conhecer os jogadores e investir em jovens talentos para a praia. Ao final, a equipe foi remodelada e renovada. Início de mundial no Rio de Janeiro e nós no masculino perdemos 3 jogos em 4. Jogávamos bem, mas perdíamos nos detalhes. Cheguei a pensar que Egito e Alemanha se repetiriam. Porém, na fase principal, na hora do cruzamento (1 x 4), ganhamos da Croácia. Aí pensei: ninguém segura mais essa rapaziada. Estava faltando um jogo para dar confiança. Resultado: Brasil Campeão no masculino. E no feminino campeão com sobras. Logo após a competição minha esposa fez uma operação que tinha tudo para ser simples, mas quase perdi a companheira...

Em 2007 vivia na esperança de mudar de vida e ares. Queria de qualquer maneira sair do Rio de Janeiro. Solicitei minha saída da Estácio e estava desesperado para mudar. Consegui sair da universidade. Insatisfeito e me tornando recluso, em 14 de agosto o coração parou... Fui lá em cima e ganhei passagem de volta. Dei um susto enorme em muita gente. Quando abri os olhos e vi o Alberto Caldas pensei: foi grave! Em novembro operei para “limpar a área”. Vida nova. Vida que segue. Vida diferente, sem pressa...

Em 2008, tivemos o Pan-Americano no Uruguai e vencemos pela 4ª vez. Depois fomos ao Mundial da Espanha e fizemos enorme sucesso, perdendo para a Croácia na final. Feminino em 3º, perdendo um jogo para as donas da casa.

Em 2009, fomos ao 3º World Games em Taiwan. Brasil venceu o masculino e ficou em terceiro no feminino. No final do ano vencemos (masculino e feminino) mais uma competição: Jogos Sul-Americanos de Areia. Competição onde são jogados desportos de areia e praia.

Em 2010, disputamos o IV Mundial de Beach Handball. Vitória brasileira no masculino, com o feminino ficando em 3º. Retornei ao handebol de  quadra através dos meninos do CMRJ. Equipe de 14/15 anos.

Vejamos o futuro!

 


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